sábado, 31 de março de 2012

Os benefícios, a longo prazo, do dopping.


Vou ter que requentar!

Nem era tão antigo, mas o caso do processo contra o Lance me fez lembrar deste texto sobre o Justin Gatlin.

O processo sobre o Lance é sobre o "conjunto da obra". Os indícios e denuncias de que ele se dopava são muito contundentes. A suposta quadrilha teria desenvolvido métodos de dopping sempre abaixo dos limites de detecção, por isso ele nunca foi pego! Por que punir ele agora se já foi a tanto tempo? Lei o texto...

Texto de Brian Palmer (Original)

O velocista americano Justin Gatlin, que foi suspenso por quatro anos com a partir de 2006 por uso de esteróides anabolizantes, ganhou os 60 metros no campeonato mundial indoor na Turquia no início deste mês. O ex-campeão olímpico de 30 anos espera agora competir no Jogos Olímpicos de Londres, e disse, a NPR na semana passada, que ele está correndo tão rápido como sempre . Pode um atleta colher os benefícios dos esteróides, mesmo depois de cumprir uma suspensão de quatro anos?
É teoricamente possível. Algumas substâncias, tais como a testosterona, residem no corpo por apenas alguns dias. Outras drogas, como a nandrolona, podem permanecer, em baixas concentrações, por semanas ou meses. No final desse período, os benefícios de construção muscular dos suplementos terminam, e o corpo começa a voltar para a sua linha de base pre-dopping. Mas ninguém realmente sabe quanto tempo esse processo demora. 
Alguns pesquisadores acreditam que um drogado deixará de se beneficiar das substâncias dentro de um ano. Outros pensam que substâncias dopantes podem alterar a expressão genética por muitos anos e, portanto, os atletas que usam a droga podem ser capazes de construir músculos mais facilmente do que os seus adversários limpos, por muito tempo depois de parar de usar o a substância dopante. Mas esta teoria nunca foi testada e uma pesquisa deste tipo não é iminente. Poucas organizações estão interessadas ​​em financiá-la, e as regras de ética da medicina não permitem que os médicos prescrevam grandes doses de esteróides anabolizantes para pacientes sem qualquer razão clínica, inviabilizando assim a pesquisa. (Tal tipo de pesquisa poderia “criar” indiretamente um protocolo seguro de dopagem, incentivando o uso “segundo procedimentos médico-científicos”.)
A teoria de que os esteróides podem produzir efeitos a longo prazo é suportada por observações de “fenômenos naturais”. Até mesmo os efeitos de um regime de treinamento normal, sem dopping, permanece no corpo por anos. 
Considere um exemplo hipotético, um levantador de pesos não-doping que treina duro por vários anos, e atinge a capacidade de um agachamento máximo de 300 quilos. Então, ele sofre uma lesão e não pode treinar por um ano. No final desse ano, o seu máximo caiu para 200 quilos. Uma vez que ele começa a treinar novamente, este levantador vai voltar ao seu máximo de 300 quilos mais rapidamente, e com um treinamento menos intenso, do que um novato que começou a treinar no mesmo tempo com um máximo de 200 quilos. Os pesquisadores ainda não têm certeza de por que isso acontece, mas alguns acreditam que o exercício pesado e prolongado provoca alterações epigenéticas, que o tornam mais eficiente em criar as proteínas que constroem músculos. Enquanto essas mudanças não são permanentes, um atleta ex-sedentária acabará por perder rapidamente os benefícios do seu antigo regime treino, ao passo que em um indivíduo bem treinado os efeitos do exercício intenso parecem durar por um longo tempo. Um atleta que usou drogas para melhorar a performance pode ter esta mudança prorrogada ou intensificada, mesmo porque ele foi capaz de treinar mais e por mais horas durante o tempo em que ele foi usuário de drogas dopantes. (Essa frase em negrito é o “x” da questão dopping para mim. O maior exemplo? Lance Armstrong, que lutou pela vida, ou seja tinha autorização médica para usar estes medicamentos e voltou a treinar ainda sob efeito destes. De ciclista medíocre a super-campeão depois de ter a pior doença que existe.)
A duração da suspensão de doping não tem nenhuma relação com quanto tempo os benefícios dos medicamentos são pensados ​​para durar. Ninguém pode calcular esse período com toda a certeza, e os benefícios indiretos podem durar por toda a carreira de um atleta. (“Ba-dum-tissss”).
 Suspensões de atletas do atletismo são normalmente baseadas em sentido um árbitro de justiça. A Agência Anti-Doping  dos Estados Unidos recomendou uma proibição de quatro anos para Gatlin, desqualificando-o apenas dos jogos de Pequim 2008, devido à sua cooperação na investigação de outros casos de doping no esporte.
No caso de Gatlin é incerto que ele tenha se beneficiado a longo prazo. Ele foi pego completando o ciclo de injeção de testosterona, que eventualmente impede o organismo de fabricar o hormônio naturalmente. Se ele deixou de tomar abruptamente os suplementos depois de ser pego, ele experimentou uma queda níveis de testosterona muito abaixo do normal, o que tornaria muito difícil participar de treinamentos durante vários meses, até que o corpo começasse a produzir o hormônio novamente. Os atletas também tendem a se sentir horríveis durante este ressaca testosterona. (Este último paragrafo o autor usou para não se comprometer, acusando indiretamente o atleta em questão. Se já estava suspenso, o que teria impedido Gatlin de terminar o ciclo da maneira correta, fazendo o uso das doses decrescentes de testosterona???)

Acredito que o passaporte biológico é a única saída atual para o dopping. Pois o atleta é acompanha por seus parâmetros corporais e não pelo exame de sangue pontual. Neste casos se o atleta se dopa, paga a suspensão e quer voltar a competir, os exames, acompanhados da comparação com o histórico, o impediriam em caso de anomalia, mesmo estando “limpo” naquele momento.

Ainda vamos ver muitos casos de atletas medianos que são suspensos quando jovens e se tornam mega campeões depois de velhos, contrariando a lógica do ápice corporal do ser humano. Questões éticas e sociais misturadas com a “pureza” do desempenho físico... Para onde vamos? 

segunda-feira, 26 de março de 2012

Gatorade: A Nike de beber.

Não sei se este assunto já foi tratado nos blogs sobre esporte aqui no Brasil, mas em um blog da África do Sul, o The Science of Sport este assunto virou série de posts e capitulo de livro. Não tenho a autoridade acadêmica que o Ross e o Tucker tem, pois são pós-graduados em ciência esportiva, mas acho que podemos observar alguns fatos e algumas pesquisas.

Uma das primeiras observações é de que a Gatorade não vende o que ela divulga. Nem ela e nem uma outra fabricante de "repositor" hidreletrolítico. Sim, as bebidas contém os sais minerais que compõe o suor MAS a concentração é de 0.4 g/litro enquanto nosso sangue apresenta 3.2 g/litro e o suor é de 1.1g/litro. Ou seja: É impossível repor os sais minerais perdidos durante o esporte com Gatorade. E com qualquer outra bebida, pois se tentarmos ingerir algo com a concentração de sais do sangue teremos uma bela indigestão.

"Mas espere aí! Eu tomo Gatorade e sinto a diferença! Rende melhor que tomar água e não "pesa" no estômago." - É verdade, mas repito: você não está comprando o que estão te vendendo. Por que funciona? Por que a baixa quantidade de sais aliados a CARBOIDRATOS simples é que fazem você se sentir renovado. Os sais em baixa concentração promovem uma hidratação mais rápida e os carboidratos te alimentam. NADA haver com reposição de sais.

E aí é que mora o PERIGO deste tipo de bebida, principalmente para que faz endurance. O consumo prolongado deste tipo de bebida faz com que você se re-hidrate mais rápido que você se desidrate, como a bebida apresenta baixo teor de sais você está se arriscando a ter hiponatremia, que é uma situação médica muito mais arriscada do que a desidratação. Os casos de hiponatremia triplicaram depois da invenção destas bebidas, e aqui segue um link de um estudo divulgado no The Telegraph, da Inglaterra.

A sugestão destes pesquisadores é: Utilizem os Gatorade´s em conjunto com água, tomando 2 x mais água do que o Gatorade. Isso fará seu corpo frear o excesso de líquidos. Se quiser repor sais, apenas por se sentir bem (poucas pesquisas apontam algum benefício nisto, e em poucas pessoas) coma algo salgado, como snacks. As capsulas de sais podem ser arriscadas, pois se você estiver desidratado o volume de sais destas podem ocasionar uma crise de hipertensão.

E beba mesmo em treinos. A máxima de que treinar sem beber é melhor pra deixar mais resistente é algo beeeem fora do racional. A final se na prova haverá água para beber, por que treinar sem?

Siga o seu corpo: Sentiu sede, beba. Sentiu fome, coma. Sentiu um cansaço fora do comum, pare. Não existe bebida mágica, bicicleta mágica, tênis mágico etc....

Ahhh, por que Gatorade é a Nike de beber? Por que eles têm um "instituto de pesquisas" para melhorar mais ainda a bebida... A mesma estratégia adotada pela Nike, que patrocina pesquisas de tênis. Por que? Por que o norte-americano médio tem conhecimento para saber quando falam uma bobagem "de leve" que deve ser desacreditada, mas também tem o "conhecimento" para saber que universidade e instituto de pesquisa é lugar "sério". Pronto, eles compram tudo que vem com isso no rótulo. Aqui a coisa caminha pro mesmo lado..... E ao contrário da Nike que faz você gastar dinheiro e ficar com os joelhos doendo, a Gatorade faz uma propaganda enganosa que pode matar por hiponatremia.

Abrax.

PS: A propósito: Os tarahumaras tomam um porre de algo parecido com cerveja e correm 300 km nos dias seguintes. A tribo africana que caça por persistência (perseguindo até cansar a presa) mal bebe água antes da caçada....

quarta-feira, 21 de março de 2012

Mais corrida minimalista... e marketing?

Acabou de sair no New York Times: http://well.blogs.nytimes.com/2012/03/21/making-the-case-for-running-shoes/

Leiam e tirem sua próprias conclusões.


O texto trata de um artigo recém publicado no Journal of Medicine & Science in Sports & Exercise. Ele mostra dados e, em resumo, diz que correr com um tênis super leve é mais eficiente do que correr descalço.

Até aí, tudo certo. Eu mesmo já tinha concluído isso... Mas os cientistas cometem um sútil erro que não pode ser cometido em uma pesquisa. Ele revela a marca e o modelo do tênis... por acaso Nike.

Para mim a pesquisa se enterrou aí. Primeiro pelo erro de divulgar uma marca em um ponto crucial do experimento, depois por que a Nike é velha conhecida "criadora de necessidades que não temos". O que ficou parecendo é que: Agora que todos querem correr sem tênis, vamos mostrar que isso não é o ideal, devemos usar tênis baixos para correr, e nós temos o melhor de todos. E você deve usar o Nike, que foi o tênis usado na pesquisa.

Manipulação de pesquisas científicas para distorção e promoção comercial é uma infeliz realidade no mundo.

Na minha pesquisa, só aceitaríamos patrocínio ou apoio (isso nunca acontece, tá?) de marcas que não estejam envolvidas no objeto de pesquisa. Por exemplo: Sou geólogo e preciso saber a idade das rochas de Bonito (MS), minha área de pós. Aceito o patrocínio da TAM e da Localiza para me prover passagem e carro para chegar lá, mas nunca o apoio ou patrocínio do BETA, laboratório onde as idades serão obtidas.

Fiz questão de fazer este post para que tenhamos cuidado com o que mostra ser a última palavra em um assunto, a pesquisa. Temos sim que levar em conta nossas experiências individuais para tirarmos conclusões, a final é desta forma que o conhecimento é construído, agregando e não apenas absorvendo.

Por isso, apesar de cientista, nunca vou trocar uma boa conversa com outro atleta ou um treino com alta concentração e observação por uma pesquisa. Meu ciclo se baseia em estudo, preparação teórica, treino e ajuste da teoria. Sempre.

Talvez se um dia alguém fizer uma pesquisa com triathletas que correm short, tenham 15% de gordura, treinem e trabalham, tenham asma, hipotiroidismo, eu aceite prontamente as conclusões. Estou a disposição para ser a cobaia!

Abrax.

PS: Em breve um texto polêmico que ainda não ví pelos blogs brasileiros: Repositor hidroeltrolítico serve para várias coisas, menos para repor sais na taxa que gastamos.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Qual o tipo de pisada?

Aproveitando o bom texto do Ciro, no Mundotri, requento este. De 2010, época que pouca gente lia o blog. 
Quem quiser um pacote com os artigos científicos citados, em pdf, é só me escrever: emil@sti.com.br 




Esta pergunta é clássica, e acredito que todos os corredores já ouviram. Mas esta pergunta estaria sendo feita com o real sentido? Contemplando realmente todos os tipos de pisada? Acredito que não. Tal pergunta se refere a variações da pisada com o calcanhar (heel strike), e as respostas são sempre: neutro, pronado ou supinado. Mas se você não pisa com o calcanhar enquanto corre estas respostas não se aplicam. Muito menos os tênis que estão tentando te vender junto com a resposta. Neste post vou abordar um assunto que vem ganhando força em discussões entre corredores e especialistas: O tipo de pisada. Tentarei ser o mais científico e imparcial possível, já que de antemão adianto que tal escolha é uma questão de gosto. 


Existe ainda um fato paralelo: usar ou não calçados para correr. Mas isso será assunto para outro post.

Quem já leu o livro “Nascidos para Correr” de Christopher McDougall deve, no mínimo, ter se perguntado sobre o fato de como os Tarahumara correm tanto sem calçados adequados. Bem, as respostas do autor são um tanto quanto tendenciosas e conspirativas, sendo totalmente a favor da corrida descalço e da pisada com a parte frontal do pé (forefoot strike).

Foto de uma das corridas relatadas no livro.

Por outro lado, ao observamos a evolução dos tempos nas corridas e consequentemente a demanda por tênis que aprimorem tais tempos, veremos o inverso: Mais amortecimento no calcanhar, número de corredores aumentando e tempos caindo. A grande maioria dos corredores pisa com o calcanhar, e este é um grande argumento para tal tipo de pisada.

Mas quem tem razão? O que a ciência diz a respeito? O que os corredores dizem a respeito?

Como sempre, razão é algo de cada um de nós, que só faz sentido quando encontramos mais pessoas com a mesma razão, e isto não acontece neste assunto. A razão é embasada no conhecimento que temos, portanto é muito variável.

Os corredores expressam as mais diversas opiniões sobre o assunto. Alguns mudaram a pisada e se sentem bem, outros nem sabiam que isso era possível, terceiros sempre correram pisando com a parte frontal. Apesar da experiência própria ser o controle maior do nosso corpo, vou ignorá-la no restante do post, pois a nossa mente atrapalha as respostas corporais de certa maneira. Isso por que podemos responder a esta questão baseados no tipo e marca de tênis que gostamos, tipo de corrida que fazemos, nível atlético que temos, e principalmente na razão. Sendo assim, nos sobra a ciência.

Sou geólogo, estudioso de evolução humana por 6 anos, mas antes disto sou cientista. O cerne da minha profissão é analisar dados, encontrar concordâncias e elaborar hipóteses. Como em tudo que o ser humano faz, podemos colocar nossa opinião nos resultados. Assim, procurarei seguir o mais importante conselho que meu orientador de pós-graduação me deu: “A ciência se faz por perguntas, não por respostas. Reflita, opine, mas deixa perguntas no ar para que o assunto não morra.” Em resumo, ninguém tem razão de nada.

Bem, após o devaneio do parágrafo anterior (aos poucos vou me apresentando), podemos retomar a discussão: O que a ciência diz a respeito? A ciência estuda o padrão de locomoção e o tipo de pisada do ser humano há muito tempo, e sempre esteve intrigada com o alto impacto que nossas articulações recebem a cada passo de damos (LIGHT et al., 1980; DICKINSON et al., 1985; JORGENSEN; EKSTRAND, 1988; JEFFERSON et al., 1990; DE CLERCQ et al., 1994). Ao observarmos estes estudos, podemos chegar a uma conclusão muito lógica: O homem é um mal corredor. Será? Estudos recentes, os mesmos que são apresentados no livro “Nascidos para Correr” mostram uma outra teoria, a de que o ser humano é um corredor de longa distância nato, e que, entre outros motivos, isto se deve ao fato de o humano nativo correria pisando com a parte frontal do pé (LUZI; PIZZINI, 2004; BRAMBLE; LIEBERMAN, 2004; ROLIAN et al., 2009; JUNGERS, 2010). 

Cientificamente, as duas linhas de pesquisa estão corretas. A primeira pelo fato de se basear no que os humanos fazem hoje, pisando com o calcanhar. E a segunda por encontrar indícios do que fazíamos no passado, pisando com a parte frontal do pé. O número de lesões entre os tipos de pisada é o mesmo, inclusive levando em conta o avanço dos tênis. Isto mesmo: NENHUM TÊNIS PREVINE LESÃO RELACIONADA A IMPACTO. Não utilizá-los pode acarretar lesões na sola do pé.

Então qual o argumento para minha colocação no início do post? Por que se formos imparciais, as duas atitudes estão corretas. Não dá para falar que pisar com o calcanhar é errado se milhões de corredores o fazem, com eficiência e com recordes mundiais (sim, a maioria dos corredores de elite pisa com o calcanhar, só que é difícil de ver!). E não dá para falar que é correto pisar com a parte frontal do pé por que o ser humano o fazia no passado. A pergunta está no ar, cabe a você respondê-la.

Argumentos pró-pisada com o calcanhar:

Atualmente, os calçados nos auxiliam na diluição do impacto (o impacto NUNCA diminui, já que calçando um tênis não perdemos massa), possibilitando cada vez mais conforto ao pisar com o calcanhar; A pisada com o calcanhar é uma aceleração direta do caminhar, tornando a prática da corrida algo mais simples para os iniciantes; Milhares de pessoas usam tal pisada, sem se machucar, há décadas; A pisada com a parte frontal do pé só é valida em terrenos naturais, com amortecimento, e não no asfalto/cimento das ruas e estradas.

Argumentos pró-pisada com a parte frontal do pé:

A evolução do corpo humano selecionou tal morfologia de pernas devido à pisada com a parte frontal do pé, uma vez que o amortecedor natural é o conjunto articulações do pé/ gastrocnêmio (panturrilha); A economia de energia desta pisada é muito maior, pois a diluição do impacto é maior, acarretando menor oscilação corporal; Não é necessário um super tênis, já que o amortecedor do calcanhar não será utilizado; O tempo de contato com o solo é menor, tornando a passada mais rápida; Corredores que mudaram para esta pisada, vindos da pisada com o calcanhar, relatam diminuição ou desaparecimento de dores articulares, principalmente no joelho.

Gráfico mostrando a distribuição da força do impacto em função do tempo, na pisada com calcanhar e na pisada com a parte frontal do pé (LIEBERMAN et al., 2010).



SE VOCÊ RESOLVER MODIFICAR SUA PISADA FAÇA ISSO GRADUALMENTE, POIS SUA MUSCULATURA NÃO ESTÁ HABITUADA AO NOVO POSICIONAMENTO E O RISCO DE LESÃO PODE SER GRANDE CASO A MUDANÇA NÃO SEJA GRADUAL. CONSULTE SEMPRE O SEU TREINADOR (PROFISSIONAL DE EDUCAÇÂO FÍSICA E/OU ESPORTE).

Para saber mais:

Abrax!

Referências:
BRAMBLE, D.; LIEBERMAN, D. Endurance running and the evolution of Homo. Nature, v.432, n.7015, p.345-352, 2004.

DE CLERCQ, D.; AERTS, P.; KUNNEN, M. The mechanical characteristics of the human heel pad during foot strike in running: an in vivo cineradiographic study. Journal of biomechanics, v.27, n.10, p.1213-1222, 1994.

DICKINSON, J.; COOK, S.; LEINHARDT, T. The measurement of shock waves following heel strike while running. Journal of biomechanics, v.18, n.6, p.415-422, 1985.

JEFFERSON, R.; COLLINS, J.; WHITTLE, M.; RADIN, E.; O'CONNOR, J. The role of the quadriceps in controlling impulsive forces around heel strike. ARCHIVE: Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers, Part H: Journal of Engineering in Medicine 1989-1996 (vols 203-210), v.204, n.18, p.21-28, 1990.

JORGENSEN, U.; EKSTRAND, J. Significance of heel pad confinement for the shock absorption at heel strike. International Journal of Sports Medicine, v.9, p.468-473, 1988.

JUNGERS, W. Biomechanics: Barefoot running strikes back. Nature, v.463, n.7280, p.433-434, 2010.

LIGHT, L.; MCLELLAN, G.; KLENERMAN, L. Skeletal transients on heel strike in normal walking with different footwear. Journal of biomechanics, v.13, n.6, p.477-480, 1980.

LUZI, L.; PIZZINI, G. Born to run: training our genes to cope with ecosystem changes in the twentieth century. Sport Sciences for Health, v.1, n.1, p.1-4, 2004.

ROLIAN, C.; LIEBERMAN, D.; HAMILL, J.; SCOTT, J.; WERBEL, W. Walking, running and the evolution of short toes in humans. J. Exp. Biol, v.212, p.713-721, 2009.