terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Vida de triathleta: O Filme

Um curta que conta, de forma inusitada, o que se passa na cabeça de quem busca o máximo.

O grande Rafael Farnezi é a estrela e sua vida de triathleta o enredo.


A sinopse:
Quão longe você iria para viver seu conto de fadas?
Entre o chão e o delírio, entre a privação e o esgotamento, entre a vontade de vencer e o cheiro do fracasso, o tempo correndo e um homem numa jornada solitária.
E entre eles, a certeza de que há apenas um ponto que deve ser alcançado: aquele em que já não há mais retorno.

Um filme de Renato Cabral e Luis Felipe Pimenta e Artur Graciano


http://vimeo.com/55271258#


Abrax.


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Poser: Um desserviço ao triathlon.




Poser é um termo pejorativo, usado frequentemente nas subculturas punk, metal, gótico, entre outros, para descrever "uma pessoa que finge ser algo que ela não é", copiando vestimentas, vocabulário e/ou maneirismos de um grupo ou subcultura, geralmente para conseguir aceitação dentro de um grupo ou por popularidade em meio a vários outros grupos, mas que não compartilha ou não entende os valores ou a filosofia da subcultura (Wikipedia, por que não tinha nada melhor)

O post foi motivado pela atitude poser e de total desserviço ao triathlon prestada pelo mais novo triathleta-famoso, nosso querido Luciano Huck, que postou no Twitter fotos de sua nova bicicleta, uma Shiv Zipp 808 Sram Red, avaliada em 30 mil reais...


Por que só atrapalha?

O poser fala mais do que faz. Um poser com dinheiro é um veneno para um esporte pouco popular. E se ele for famoso, pior ainda. Os desinformados, ao ver o figurão com sua bike de 30 mil reais vão achar que para fazer o tal esporte é preciso de tal investimento, e que aquilo obviamente não serve pra ele. Simples assim...

Vejamos o MMA: Saiu do nada, há 15 anos para ser super popular, por que? Não precisa de nada pra lutar! Um tatame e treino...E o triatlhon? Um óculos de natação (?), qualquer bicicleta (sim uma Barraforte serve, porra) e qualquer tenis (o meu de treino custou 49 reais).

Mas não, os posers insistem em complicar as coisas... Deste jeito sabe quando vai surgir um Anderson Silva no nosso triathlon? Nunca...


O poser não tem direitos?

Tem, todos. E o principal, na nossa sociedade movida pelo dinheiro, de fazer o que quiser com o mesmo. Incluindo comprar, comprar e comprar... algo essencial para quem quer ser algo sem se esforçar.


Todo mundo que tem grana e gasta com bike é poser?

Não. Tem muita gente que gosta de gastar com material esportivo que fica na dele, não sai postando fotinho no Twitter e passando uma imagem de que para ser atleta tem que gastar dinheiro por que o esporte é caro (não é!). E ainda mais, tem gente que gasta um nota com bike e que realmente usa esse investimento (poucos eu sei, mas existem).


Por fim uma reflexão: Por que boa parte das pessoas que são famosas não tem noção da influência delas na vida de milhares de outras pessoas? A propagação das atitudes é direta.. Boas ou ruins.

Mais uma vez, o Emicida fecha o post:

Tem mais de mil muleque aí querendo ser eu
Imitando o que eu faço, "tio, se eu errar fudeu!"
Ser MC é conseguir ser H ponto aço
No fim das contas fazer rima é a parte mais fácil

Abrax.

PS: Véi, depois de tanta pose, tá obrigado a baixar (muito) aquele 1:31 no short do carioca, o short mais fácil de país.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Ciência e a razão.

Ando no fim da rosca em termos de cabeça e tempo para coisas que não são os estudos e o trabalho, mas, ainda bem que, algumas coisas do dia a dia me tiram desta latência.

Estudo e trabalho com ciência há 10 anos. E já ponho um ponto final no post agora: Ciência não dá ou tira a razão de nada. Ciência não é religião, não ferramenta de auto-promoção e nem justificativa para nossos anseios.

Há algum tempo começamos a viver uma moda, perigosa, de para-conhecimento. Pessoas que adquirem algum conhecimento em uma área específica e que se acham no direito de sair falando o que querem sobre o "resto" do mundo. São colocações sobre a vida, sobre o que há além da vida, sobre o espaço, sobre esportes, sobre carros, sobre aquecimento global, sobre saúde, etc... 99% disto tudo é puro achismo, pura pretensão, pura distorção dos fatos e pura tentativa de auto-promoção. Para que eu não sei, mas talvez uma vontade de dar importância para a própria vida, mas a psicologia humana é muito complexa para que eu ache algo....

Isso pode ser tratado como qualquer coisa, menos ciência. Por mais que essas pessoas embasem suas profecias em dados científicos, pode ter certeza que as pesquisas a que essa pessoa se refere não disseram o que ela está interpretando. A ciência não resolve os problemas do mundo, ela apenas testa hipóteses através de estatística. Os resultados valem para a amostra testada. Quanto maior a amostra, mas confiável o resultado e mais próximo da minha e sua vida aquela afirmação PODE estar. As variáveis envolvidas em uma pesquisa são muitas e podem simplesmente não valer para você.

Exemplo: Fumar da câncer. Em uma parcela grande da população, mas não em todos. Conheço dois idosos que fumaram até o papel dos maços e não tem câncer. Mas em compensação tem enfisema, que tem uma incidência muito maior que a do câncer. Fora o bafo, o cheiro de cinzeiro, a fumaça e outras meselas que nos levam a conclusão que é arriscado e incomodo de mais fumar. Pronto, só isso. O cigarro não é o apocalipse. NADA é o apocalipse.

Tive um professor que dizia que não existiam doenças, existiam doentes. A variabilidade entre os indivíduos de uma população é enorme. Hábitos alimentares e de comportamento variam de lugar pra lugar e não podemos dizer que eles são errados por que algum "profeta" disse. Outro exemplo: Os europeus tomam bem menos banhos que nós brasileiros e alguns deles tem um cheiro bem desagradável para nós. Só que em compensação eles tem um respeito social 1000x maior que o nosso, e que deve aparentar, a eles, a mesma, ou maior, indignação que sentimos com o "budum" de um metro cheio na Europa.

São exemplos de pesquisas que poderiam estar em blogs, vlogs, videos ou na rua, em cima de um banquinho com um livro embaixo do braço. E situações que por muitas vezes contrariam o bom senso de costumes que acompanham a humanidade desde sempre. Não é parando ou começando a fazer algo que sempre ou nunca fizemos que vamos achar a solução para todos o nossos problemas.

Essas novas profecias de que não devemos mais comer carne, que devemos para de comer ovos, que não devemos tomar leite, etc... nada mais são que propaganda de alguma pessoa querendo se promover em cima de uma teoria de conspiração. Gente, os antigos não morriam de stress por que não tinha stress, e não por que consumiam carne ou ovos... E não dá pra um alérgico dizer pro mundo que a solução de tudo é que todos não consumam o que dá alergia nele. As coisas são bem mais simples do que pensamos. O problema não está na comida natural (guardadas as proporções com relação a preparo e quantidade), ele está nas nossas atitudes.

Essas profecias, e as pessoas que acreditam piamente nelas, tem feito mães pararem de dar leite aos filhos, de dar carne e de vacinar!!!! De alimentar com as formas mais nutritivas e de usar um recurso que a humanidade demorou mais 150 mil anos pra desenvolver!!! Que é um dos responsáveis por nossa fazer nossa população aumentar! Nossa perspectiva de vida aumentar! É muita falta de informação! É o cúmulo!!! E novamente, baseado em nada... e faláceas, em auto-promoção, em "profanação da ciência" (:o))

Isso tudo que digo é bem diferente de buscar alternativas de bem estar, PESSOAIS, para melhorar nossa vida. E claro que devemos compartilhar estas experiências, pois outros podem passar pelos mesmos problemas e a solução ser um denominador comum. Só que sem criarmos histórias mirabolantes e mentirosas. Simplesmente: Funciona para mim, será que não funciona pra você? Só isso...

Abrax.




segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Em novembro, estaleiro: Remoção de varizes.

Caros amigos,

Este ano já tinha ido pro brejo por causa pessoais. Boas causa, como um bom emprego, fim do doutorado (tá acabando!!!).

Desde o ano passado uma pequena dor na panturrilha vinha me incomodando. Nada que tirasse o movimento, mas incomodava. Um dia comentei com a patroa e ela foi óbvia na resposta: Esqueceu que você tem uma variz bem grandinha na panturrilha direita?

Bem, fui ao médico e ele foi categórico: Não um caso grave, de saúde imediata, mas se está te incomodando é melhor remover, pois ela só tende a aumentar. Realizados os exames, ví que a mesma veia da perna esquerda também está indo pro beleleu, mas segundo o médico posso salvá-lá da faca se nunca mais correr sem meia de compressão. Já comprei várias... na Alemanha pq lá elas custam 6 euros...

Resumindo a ópera, no fim de novembro entro na faca para remover a dita cuja, e em poucos dias retorno com força total para o Mundial de Aquathlon e Triathlon de 2013. Até lá sigo fazendo a base para que o prejuízo parado seja o menor possível... talvez até corra um aquathlonzinho...

É isso meus caros, cuidem da saúde! Felizmente são só estes pequenos detalhes...

Abrax.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Sigo sumido..

Amigos, tá osso.

Tempo pra escrever aqui até tenho, mas a cabeça não para em outros assuntos.

Fim do PhD, trabalho, e vontades profissionais mais casadas com a vida que quero: tempo para mim e minha familia.

Então infelizmente não consigo focar em algo que valha ser escrito.

Abrax a todos e em breve tô de volta!

A dieta já tá rolando e me dei um Zoot novinho em Munique...

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Sorte olímpica.

Mais um jogos chegando ao fim. Tão importante no país sede dos próximos jogos que o o campeonato nacional de futebol nem foi interrompido. Gosto de futebol sim, mas nem sei do meu time pois o respeito pelos jogos é muito maior. Temos sorte de cada medalha que ganhamos.

O pódio do triathlon masculino e feminino não foi sorte. Foi um preparo perfeito dos atletas, desde sempre. Ali Brownlee treina para estes jogos desde os 12 anos, desde antes de saber que seria em sua casa. Isso é preparação olímpica. Só um campeão mundial constante tem condições de se dar bem em um evento único. Isso é estatística, não ciência do esporte.

Os jogos tem despertados fortes emoções em quem vive o espírito olímpico no dia a dia e não estão aguentando ouvir tanta ignorância do povo desprovido de cultura que é o brasileiro. Cultura geral e esportiva. Caras como Rafael Farnezi e Ciro Violin escreveram ótimos textos a respeito da situação do atleta brasileiro nos jogos olímpicos. E sem dúvida vou engrossar o coro.

Esses profissionais são muito, mas muito mais dedicados e éticos do que a maioria dos profissionais brasileiros de outras áreas. Trabalham o tempo todo em péssimas condições, sem estrutura física e psicológica para serem expostos a situações de stress a que poucos profissionais são expostos.

Nossas medalhas são sorte. Poucos tem estrutura de treino de nível. E digo isso não para o pré-jogos, digo isso para a carreira toda. Poucos são patrocinados de maneira justa, que dê tranquilidade. E o pior poucos tem o esforço reconhecido. A ausência de choro da Sarah e do Arthur no pódio olímpico significa que eles são fortes psicologicamente, que foram preparados para chegar e ganhar ou chegar e perder. Eles tiveram muita sorte. Não sei se foi sorte de nascerem fortes ou de serem preparados corretamente, mas no Brasil, os dois casos são sorte.

Como reclamar de um atleta que chegou em uma olimpíada? Como reclamar de um semi-finalista???? Quem critica uma atleta olímpico é no mínimo uma pessoa fracassada que ataca os outros para que não sejam vistas suas fraquezas e limitações. Uma pessoa que se acha a maioral, dentro de seu mundo paralelo. Uma pessoa que não tem a capacidade de ver o mundo e perceber que existe muita gente se esforçando para conseguir a mesma coisa e que na hora da decisão qualquer um pode ganhar. Quantos destes brasileiros tem sucesso profissional internacional??? Vocês são um câncer na nossa sociedade, um câncer de atraso, um câncer de injustiça, um câncer de ignorância, um câncer que é a cara do Brasil. Um câncer que só será curado quando esta geração toda morrer e uma outra, pouco contaminada e revoltada com o que vê passar a ser o que representa o país.

E como disse no primeiro parágrafo, não se dá a mínima para os jogos. Nos jogos daqui não será muito diferente. Provavelmente termos mais medalhas pela motivação de se estar em casa, mas nada parecido com o que o Reino Unido está fazendo... um lugar com uma população 3 x menor que a nossa.

Sorte olímpica é ter um Bolt ou um Phelps, atletas fora do normal. Mas sucesso olímpico não é feito destes "anormais", é feito de atletas esforçados e que sejam  apoiados  e suportados desde o início de suas carreiras, com educação e apoio financeiro. Para que na hora das decisões ele não pense no que acontecerá se ele perder a luta, se ele perder o patrocínio por não ganhar, em como ele ajudará sua sofrida família... É isso que derrota um atleta brasileiro, é isso que o nosso povo educado pela tv chama de amarelar.

Abrax.

PS: Meu caso

Em 2010 senti esta sorte. Sorte de ter nascido em uma família estruturada que me permitiu uma formação profissional de nível internacional: chego em congressos de igual pra igual. Em alguns os trabalhos repercutem e outros não, mas eu estou lá, todo ano. Assim como os jogos olímpicos, a cada 4 anos temos o maior congresso da área, e em 2010 eu digo que fui ouro. No mesmo ano, contra minha asma, meu hipotiroidismo e minha síndrome metabólica cheguei no Mundial de Aquathlon, treinando sozinho, e sem apoio financeiro algum a não ser meu próprio bolso. Cheguei lá atrás, mas quem estava lá sabe como foi difícil. Sorte novamente de ter tido o esporte na minha vida, e apesar destas pequenas doenças, ser muito saudável, dando poucas despesas para o sistema de saúde e podendo fazer o que mais gosto.

Esse sucesso profissional e pessoal, no Brasil, são pura sorte... uma sorte muitas vezes triste. Uma sorte que me faz pensar no meu país antes de uma apresentação em congresso e ver que é possível sim, que somos iguais, e que ninguém é melhor do que ninguém. Minha estrutura psicológica me deixa em paz mesmo com estes pensamentos, mas tenho colegas brilhantes que não conseguem fazer o mesmo e se expor, pois nem todos os brasileiros tiveram a sorte "completa" que eu tive. Ninguém fala que eles amarelaram....


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Michael Phelps e os brasileiros.

Prólogo

Alguns fatos comuns a boa parte dos brasileiros tem que ser colocados antes deste texto.

1 - O brasileiro tem memória curta. É só ver a política deste país.
2 - O brasileiro é mestre em torcer contra. É só ser corinthiano pra entender.
3 - O brasileiro sabe como ninguém pegar um assunto e transforma-lo em outro com meias verdades científicas. É só ver discussões sobre vegetarianismo, evolução e religiões.
4 - O brasileiro não reconhece o trabalho duro, apenas a imagem. É só ver o que são nosso ídolos, Neymares e Micheis Telós da vida.

Posto isto, vamos ao texto.

Phelps, o maior atleta de todos os tempos.


O que me motivou a escrever este texto foram dois comentários lidos no Twitter. Um de um cara sem muita representatividade no meio esportivo e outro de um com muitíssima representatividade e com uma reputação inegável (talvez por isso tenha dito a asneira).

O que dizer sobre Michael Phelps? Um cara que chega em sua 4a olimpíada (sim, ele estava em Atenas metendo o 5o tempo no 200 m borboleta com apenas 15 anos) com mais medalhas de ouro acumuladas que o Brasil nas 2 olimpíadas passadas.Um atleta capaz de ser o maior ganhador de ouros em uma única edição de jogos Olímpicos. Um cara que se tornou ontem, o maior medalhista de todos os tempos (nem vou por um número aqui por que certamente ele vai ganhar mais umas 2 ou 3). Um cara que ganha pelo menos 3 ou quatro provas em campeonatos mundiais há 10 anos (!!!).

Ver esse cara na piscina é a mesma coisa que ver Mozart tocar, Michelangelo esculpir ou Camões declamar. É arte!!! Da mais pura!!! É o exemplo máximo de um ser humano desempenhando uma tarefa tentada por muitos, mas executada tão bem por muito poucos.

Aí, depois de ver sua despedida em uma de suas provas favoritas, o 200 m borboleta, sou obrigado a ler comentários infelizes e totalmente descabidos de conhecimento a respeito dele... Ninguém pode falar nada da vida e postura do Phelps como atleta!!! Ninguém! O cara fez umas "vadiagens" depois de Pequin 2008, mas ele GANHOU 8 OUROS!!!! E foi pra balada, fumou um beck e fez um bacanau... DANE-SE! Vocês sabem o quanto eu defendo uma vida regrada pra um atleta, mas o cara não é humano? Nem depois de tudo o que ele fez ele tinha direito a umas férias? Não estou falando de baladinha entre uma medalha e outra, estou falando de férias! Ele tinha batido um recorde que talvez leve muito mais de 40 anos pra ser batido. Ele tirou estas férias depois de 3 ciclos olímpicos!!! E depois de não precisar fazer mais nada pelo esporte!

Agora o Neymar pode.... um pseudo-atleta que não é nem será 1/15 do Phelps (15 medalhas de ouro), que dá festinha a cada vitória de campeonato paulista, pode? Que não é nada para o esporte mundial, pode? Que não é exemplo de nada pra ninguém, pode?

O que era o Ronaldo com 12 anos de carreira? Todo ferrado, já engordando, sem ganhar nada. O que é o Ronaldinho com 12 anos de carreira????????? O Phelps é um monstro, com 2 medalhas na bagagem e mais por vir.

Ele está em sua 4a olimpíada, atrás apenas de 2 coisas que lhe faltam: Uma ele já conseguiu, ser o maior medalhista. Outra ele deve conseguir: Ser o primeiro tricampeão olímpico da história da natação. Em uma olimpíada de aposentadoria, sem saco, sem motivação e cansado da vida de nadador. E ele já meteu 2 medalhas no peito.

E daí se ele perdeu uma prova na batida de mão? Esqueceram quantos ouros ele ganhou assim???

Torcer contra o Phelps só por causa daquelas férias??? Torcer contra um ídolo que nunca passou perto de um problema com dopping (tirando aquele baseado que mais prejudicaria do que ajudaria...)??? A Maurren e o Cesão já se enrolaram com suspeitas de dopping e tá tudo bem! O brasileiro também é mestre em inverter valores e ser politicamente correto na hora errada...

Por isso, não dobrem a lingua para falar do Phelps. Façam um origami com ela.

Abrax.

PS: E outros ainda estava ousando pixar a nossa seleção de vôlei... 30 títulos em 40 disputados na "Era Bernardinho". Depois de ontem contra a Rússia, podem fazer força na torcida contra, vocês vão precisar de muita macumba pra parar esse time.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

É Lance, está ficando cada vez pior....

Só a machete. Leia e tire suas próprias conclusões.



Lance Armstrong controversy deepens as four riders reportedly offered immunity for exposing champion

Resumindo:

A acusação agora é feita pelos maiores companheiros de equipe.

Eles irão assumir o dopping e testemunhar contra Lance para terem suas penas reduzidas (delação premiada).

É muito, mas muito sério....

Abrax.

PS: Timão eo!

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Um outro esporte

Putz Rafa Farnezi, vou parar de falar que futebol é apenas um jogo.

O post é sobre futebol, mas também é sobre ser atleta. Neste caso, não importa a felicidade que sinto (acho que fui adestrado para sentí-la, mas tudo bem) pelo Corinthians estar na final da Libertadores, o que importa é ver que realmente ser atleta faz a diferença em um esporte onde cada dia mais a imagem conta mais que a ação.

O que vou dizer não vai ser novidade para muitos que lêem meu blog com frequência, mas para outros, não-atletas, talvez seja uma outra visão sobre o que é ser atleta.

O futebol depende de uma habilidade. Uma habilidade nata de lidar com uma bola. Alguns nascem com muita desta habilidade, outros com pouca. Destes, os que já são bons, podem se tornar jogadores profissionais. Como em todas as áreas profissionais, alguns se destacam. Muito por causa de sua habilidade, mas outros por causa de sua condição física.

O futebol deixou de ser só um jogo há muito tempo. A preparação física de um atleta pode fazer um jogador com habilidades medianas se tornar um expoente. E ontém isso ficou muito claro.

Mesmo que odeia futebol sabe que existe um jogador chamado Neymar. Com uma habilidade fora do comum com a bola nos pés, mas que chegou a esta semi-final cansado... Como? Um rapaz de 20 anos chegar a uma semi-final de Libertadores cansado??? Alguém aqui chega cansado para a prova alvo do ano?

O motivo do cansaço é fácil de entender para quem tem amigos que vivem em Santos. Sabem por que? Por que eles postam, no Facebook, fotos deste mesmo jogador na farra de madrugada após uma vitória na mesma Libertadores. Bebida e/ou falta de descanso/alimentação adequada no momento mais crítico da recuperação de um atleta. Eu, um atleta pífio sei disto, mas e o Neymar? E todos que o cercam?

Aproveitem que ele ainda deve estar no país e perguntem pro Craig Alexander como são as baladas pós treinos... Chega a ser ridículo.

Mas, apesar de um dinheiro de um jogador com topete escroto e chuteira rosa falar mais alto em um clube, existem outros lugares onde o futebol é tratado como um esporte. Lugares onde os jogadores medianos são treinados para que com a prática de fundamentos seus erros sumam e com o condicionamento físico consigam se antecipar às jogadas, e suplantar, de longe, as habilidades dos "apenas" jogadores ótimos.

O Corinthians está dando uma aula de humildade esportiva nesta Libertadores, pois já tivemos times que eram mais talentosos, mas eram como o Neymar... Agora temos 11 "carregadores de piano" como dizem na gíria boleira. E é essa dedicação esportiva que faz o Corinthians chegar a final da Libertadores e um cara ferrado como eu (sim, acima do peso, asmático e com hipotiroidísmo) conseguir objetivos esportivos incompatíveis com a teoria não-esportiva, aquela que só olha por fora, e vê no Neymar um rosto semelhante ao do Pelé (se eu fosse santista rasgava cada foto desta) e em mim apenas um gordinho....

A vida, seja no esporte ou no resto, é feita de dedicação. Esta dedicação nos faz ser diferentes, nos faz superar a falta de habilidade nata, de sorte e de outros fatores imponderáveis. Não é possível que o Brasil, seja no futebol ou na vida, não perceba isso!

Atleta não pode fazer balada!!!! Prontofalei!!!! NÃO PODE!!!!! É duro, eu sei, mas enquanto você bebe e curte outro cara está descansando e amanhã ou depois ele vai chegar na sua frente! Ser atleta, ainda mais profissional, é abdicar de várias coisas, inclusive das coisas que os normais acham mais fundamentais para se viver... A carreira de atleta é curta demais. São só 15 ou 20 anos, dependendo da dedicação e do presente da natureza (em termos genéitcos) com relação a seu físico. Com 40 anos você estará aposentado a força, mas ainda estará inteiro e ainda será famoso o suficiente para morar na zona se quiser... mas depois que você parar!!!!

Mas como Corinthiano, ainda bem que o Cabelodecalopsita é assim.. É nóis! Agora, como brasileiro: estamos fu... na Copa.

Esses caras precisavam entender o que um trecho de música do Emicida diz: "Esse brilho todo é reflexo do suor".

Abrax.

PS: Alguém vê o Messi na balada? Não né....

PS1: " Ah, mas o Garrincha enchia a lata todo dia (até morreu de cirróse) e era um monstro dentro de campo. Sim, mas o futebol naquela época era bem menos atlético do que hoje. Lá não havia espaço pra cabeça de bagre e o cara que além do talento para jogar tinha talento físico, se tornou o melhor de todos os tempos. Sim, o Pelé seria o Pelé ontém e sempre. O Garrincha não, talvez hoje seria como o Adriano. Infelizmente.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Lance e o conjunto da obra.


Vou ter que requentar!

Nem era tão antigo, mas o caso do processo contra o Lance me fez lembrar deste texto sobre o Justin Gatlin.


Depois de ler o texto da Go Outside aqui, acredito que, concordando ou não, temos que ficar cientes de algumas coisas.

O processo sobre o Lance é sobre o "conjunto da obra". Os indícios e denuncias de que ele se dopava são muito contundentes. A suposta quadrilha teria desenvolvido métodos de dopping sempre abaixo dos limites de detecção, por isso ele nunca foi pego. Por que punir ele agora se já foi a tanto tempo? Lei o texto...

Texto de Brian Palmer (Original)

O velocista americano Justin Gatlin, que foi suspenso por quatro anos com a partir de 2006 por uso de esteróides anabolizantes, ganhou os 60 metros no campeonato mundial indoor na Turquia no início deste mês. O ex-campeão olímpico de 30 anos espera agora competir no Jogos Olímpicos de Londres, e disse, a NPR na semana passada, que ele está correndo tão rápido como sempre . Pode um atleta colher os benefícios dos esteróides, mesmo depois de cumprir uma suspensão de quatro anos?
É teoricamente possível. Algumas substâncias, tais como a testosterona, residem no corpo por apenas alguns dias. Outras drogas, como a nandrolona, podem permanecer, em baixas concentrações, por semanas ou meses. No final desse período, os benefícios de construção muscular dos suplementos terminam, e o corpo começa a voltar para a sua linha de base pre-dopping. Mas ninguém realmente sabe quanto tempo esse processo demora. 
Alguns pesquisadores acreditam que um drogado deixará de se beneficiar das substâncias dentro de um ano. Outros pensam que substâncias dopantes podem alterar a expressão genética por muitos anos e, portanto, os atletas que usam a droga podem ser capazes de construir músculos mais facilmente do que os seus adversários limpos, por muito tempo depois de parar de usar o a substância dopante. Mas esta teoria nunca foi testada e uma pesquisa deste tipo não é iminente. Poucas organizações estão interessadas ​​em financiá-la, e as regras de ética da medicina não permitem que os médicos prescrevam grandes doses de esteróides anabolizantes para pacientes sem qualquer razão clínica, inviabilizando assim a pesquisa. (Tal tipo de pesquisa poderia “criar” indiretamente um protocolo seguro de dopagem, incentivando o uso “segundo procedimentos médico-científicos”.)
A teoria de que os esteróides podem produzir efeitos a longo prazo é suportada por observações de “fenômenos naturais”. Até mesmo os efeitos de um regime de treinamento normal, sem dopping, permanece no corpo por anos. 
Considere um exemplo hipotético, um levantador de pesos não-doping que treina duro por vários anos, e atinge a capacidade de um agachamento máximo de 300 quilos. Então, ele sofre uma lesão e não pode treinar por um ano. No final desse ano, o seu máximo caiu para 200 quilos. Uma vez que ele começa a treinar novamente, este levantador vai voltar ao seu máximo de 300 quilos mais rapidamente, e com um treinamento menos intenso, do que um novato que começou a treinar no mesmo tempo com um máximo de 200 quilos. Os pesquisadores ainda não têm certeza de por que isso acontece, mas alguns acreditam que o exercício pesado e prolongado provoca alterações epigenéticas, que o tornam mais eficiente em criar as proteínas que constroem músculos. Enquanto essas mudanças não são permanentes, um atleta ex-sedentária acabará por perder rapidamente os benefícios do seu antigo regime treino, ao passo que em um indivíduo bem treinado os efeitos do exercício intenso parecem durar por um longo tempo. Um atleta que usou drogas para melhorar a performance pode ter esta mudança prorrogada ou intensificada, mesmo porque ele foi capaz de treinar mais e por mais horas durante o tempo em que ele foi usuário de drogas dopantes. (Essa frase em negrito é o “x” da questão dopping para mim. O maior exemplo? Lance Armstrong, que lutou pela vida, ou seja tinha autorização médica para usar estes medicamentos e voltou a treinar ainda sob efeito destes. De ciclista medíocre a super-campeão depois de ter a pior doença que existe.)
A duração da suspensão de doping não tem nenhuma relação com quanto tempo os benefícios dos medicamentos são pensados ​​para durar. Ninguém pode calcular esse período com toda a certeza, e os benefícios indiretos podem durar por toda a carreira de um atleta. (“Ba-dum-tissss”).
 Suspensões de atletas do atletismo são normalmente baseadas em sentido um árbitro de justiça. A Agência Anti-Doping  dos Estados Unidos recomendou uma proibição de quatro anos para Gatlin, desqualificando-o apenas dos jogos de Pequim 2008, devido à sua cooperação na investigação de outros casos de doping no esporte.
No caso de Gatlin é incerto que ele tenha se beneficiado a longo prazo. Ele foi pego completando o ciclo de injeção de testosterona, que eventualmente impede o organismo de fabricar o hormônio naturalmente. Se ele deixou de tomar abruptamente os suplementos depois de ser pego, ele experimentou uma queda níveis de testosterona muito abaixo do normal, o que tornaria muito difícil participar de treinamentos durante vários meses, até que o corpo começasse a produzir o hormônio novamente. Os atletas também tendem a se sentir horríveis durante este ressaca testosterona. (Este último paragrafo o autor usou para não se comprometer, acusando indiretamente o atleta em questão. Se já estava suspenso, o que teria impedido Gatlin de terminar o ciclo da maneira correta, fazendo o uso das doses decrescentes de testosterona???)

Acredito que o passaporte biológico é a única saída atual para o dopping. Pois o atleta é acompanha por seus parâmetros corporais e não pelo exame de sangue pontual. Neste casos se o atleta se dopa, paga a suspensão e quer voltar a competir, os exames, acompanhados da comparação com o histórico, o impediriam em caso de anomalia, mesmo estando “limpo” naquele momento.

O Lance passou por tantos exames que fizeram (a WADA) um passaporte biológico retroativo dele. Em diversos momentos ele apresentava, apesar de limpo, parâmetros que só poderiam ser atingidos através de dopping ou transfusões. Além desse passaporte, existem muitas testemunhas de acusação, que assumem ter se dopado junto a ele e que explicam como eram feitos os ciclos e testes de "limpeza".

Isso pode ser um grande passo para, no caso de comprovação da culpa, desfazer muitas injustiças do passado do esporte. Não só com o Lance, mas com outros atletas. Sabem que é um dos cabeças da lista para tomar o mesmo processo??? Pasmem: Carl Lewis, dono de nada menos que 9 ouros olímpicos.

Abrax.

PS: A quem diga, que na final dos 100 m em 1988, em Seul, o campeão moral foi o nosso Robson Caetano, provavelmente o único não dopado. Não por que era santo, mas por que o esporte aqui é tão atrasado que não estávamos "antenados" com as novidades do mundo.


quarta-feira, 6 de junho de 2012

Sumisso, IM Brasil e Lance Armstrong


Estou vivo!



Trabalho e final de PhD, sem parar de treinar é osso. Mas estou conseguindo fazer tudo direitinho. Administrar seu horário é uma arte.



Bem, vou seguindo com meus treinos para o paulista e o carioca de short, melhorando a cada dia. Boa natação, boa ciclismo e má corrida... mas vamo que vamo!



IM Brasil



O iron passou e muita gente mandou bem... Parabéns! O que mais impressionou foi a evolução no ciclismo, com muitos tempos a baixo de 5 horas. Ótimo se essa evolução não fosse acompanhada de várias maratonas mediocres... nadapedalacorre... as vez o pessoal acha que iron não é triathlon.



Lance



Continua falando.... Ganhou dois 70.3 com ótimos tempos, mas sem reais adversários. Ele é muito bom e para ser realmente testado precisa enfrentar os grandes. Vamos ver quando chegar a hora.



Tenho visto muita torcida para ele e acho que isso será muito bom para o esporte, pois ele trás muita visibilidade. Mas acho que ele não leva Kona. O Lance era é um grande ciclista e agora é um bom triathleta. Em Kona só ganha que é um grande triathleta... e leva tempo para se tornar um.... muito tempo. Vejam quanto tempo Macca e Crowie demoraram....



Abrax.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Abobrinhas que ouço e dicas que dou...

Por que quase todo cara fora-de-série, quando chega numa certa altura, depois de sua carreira ter acabado*, acha que pode fazer críticas deslavadas e pejorativas??? Em todas as áreas, sobre o que sabem e sobre o que não sabem!!!

Esta semana foi a vez do Lance falar umas besteiras sobre triathlon olímpico. Disse, pelo Twitter, que se tratava de lavar a cabeça (swim), secar o cabelo (bike) e uma corrida de 10 km. "Véi, na boa!" Corre lá! Vai lá e faz o tratamento de beleza!

O pior é que agora ele se esconde na idade avançada para falar o que quer sobre o que não entende. Sim, por que quando ele era triathleta, o esporte era muuuuito diferente. Agora de doer são os outros comentários, concordando com o menosprezo, partindo de atletas frustrados que nem Troféu Brasil conseguiram ganhar e querem colocar a culpa no vácuo.

 A propósito, o Javier Gomez ganhou facinho um tri sem vácuo nos EUA, com a presença de vários caras da ITU.

É tudo triathlon sim. Tudo do mesmo jeito, só que as provas devem ser feitas de maneira diferente. Liberem o vácuo no Ironman... vai ficar mais fácil??? Ah é??? Em 5 anos estarão puxando a maratona para 2:20 horas... ficou mais fácil??? Só ganha WC da ITU quem corre pra 30 min cravados... isso é fácil depois de nadar e pedalar??? Na boa quem fala que é, é por que não faz e não conhece triathlon.

Na ITU a corrida não é a etapa mais importante, ela é como nos demais tri. Assistam uma etapa pela tv. Vocês verão lideres na bike que não chegarão entre os 5 primeiros, igualzinho no Hawai. Verão o primeiro da natação não ganhar a prova, igual a qualquer Iron. Então parem de ser preconceituosos e achar que um triathlon é diferente do outro, pois não são. A forma de treino sim muda, mas é swimbikerun do mesmo jeito.

O vácuo foi liberado por que o nível do ciclismo se tornou muito próximo entre os atletas. O da natação sempre foi próximo, mas como é por pouco tempo ninguém fala nada. Querem o purismo de fazer tudo sozinho sem a influência dos outros competidores?? Ou corra alguma prova como o GP Damha, na categoria elite para fazer o contra-relógio individual (uma prova em que a disputa é no relógio e não na pista) ou corra sozinho e seja feliz.

Passado o desabafo, deixo umas dicas para quem ainda não se encaixou em provas com vácuo:

1- É tão difícil quanto uma prova sem vácuo, pois você tem que ser capaz de acompanhar a galera.
2- Nadar bem é muito importante, pois se você sair longe do grupo, adeus prova. Não tem perna que recupere.
3- Tem que pedalar bem, pois quanto menos você se cansar, melhor correrá.
4- Tem que correr muuuuito. Mais do que em um triathlon sem vácuo, pois você não conseguirá abrir vantagem na bike (é muito raro) e correr para um ritmo nem tão forte.
5- É pé embaixo o tempo todo, sempre com a referência de quem te acompanha.

E vamos treinar...

Abrax.

* A carreira do Lance já acabou sim. Ele era ciclista e tem feito boas participações no triathlon por que é um atleta fora de série (com uma ajudinha de um tratamento para câncer, mas mesmo assim fora de série). Não creio que com 40 anos passados ele vá incomodar os grandes do Iron no Hawai.

sábado, 31 de março de 2012

Os benefícios, a longo prazo, do dopping.


Vou ter que requentar!

Nem era tão antigo, mas o caso do processo contra o Lance me fez lembrar deste texto sobre o Justin Gatlin.

O processo sobre o Lance é sobre o "conjunto da obra". Os indícios e denuncias de que ele se dopava são muito contundentes. A suposta quadrilha teria desenvolvido métodos de dopping sempre abaixo dos limites de detecção, por isso ele nunca foi pego! Por que punir ele agora se já foi a tanto tempo? Lei o texto...

Texto de Brian Palmer (Original)

O velocista americano Justin Gatlin, que foi suspenso por quatro anos com a partir de 2006 por uso de esteróides anabolizantes, ganhou os 60 metros no campeonato mundial indoor na Turquia no início deste mês. O ex-campeão olímpico de 30 anos espera agora competir no Jogos Olímpicos de Londres, e disse, a NPR na semana passada, que ele está correndo tão rápido como sempre . Pode um atleta colher os benefícios dos esteróides, mesmo depois de cumprir uma suspensão de quatro anos?
É teoricamente possível. Algumas substâncias, tais como a testosterona, residem no corpo por apenas alguns dias. Outras drogas, como a nandrolona, podem permanecer, em baixas concentrações, por semanas ou meses. No final desse período, os benefícios de construção muscular dos suplementos terminam, e o corpo começa a voltar para a sua linha de base pre-dopping. Mas ninguém realmente sabe quanto tempo esse processo demora. 
Alguns pesquisadores acreditam que um drogado deixará de se beneficiar das substâncias dentro de um ano. Outros pensam que substâncias dopantes podem alterar a expressão genética por muitos anos e, portanto, os atletas que usam a droga podem ser capazes de construir músculos mais facilmente do que os seus adversários limpos, por muito tempo depois de parar de usar o a substância dopante. Mas esta teoria nunca foi testada e uma pesquisa deste tipo não é iminente. Poucas organizações estão interessadas ​​em financiá-la, e as regras de ética da medicina não permitem que os médicos prescrevam grandes doses de esteróides anabolizantes para pacientes sem qualquer razão clínica, inviabilizando assim a pesquisa. (Tal tipo de pesquisa poderia “criar” indiretamente um protocolo seguro de dopagem, incentivando o uso “segundo procedimentos médico-científicos”.)
A teoria de que os esteróides podem produzir efeitos a longo prazo é suportada por observações de “fenômenos naturais”. Até mesmo os efeitos de um regime de treinamento normal, sem dopping, permanece no corpo por anos. 
Considere um exemplo hipotético, um levantador de pesos não-doping que treina duro por vários anos, e atinge a capacidade de um agachamento máximo de 300 quilos. Então, ele sofre uma lesão e não pode treinar por um ano. No final desse ano, o seu máximo caiu para 200 quilos. Uma vez que ele começa a treinar novamente, este levantador vai voltar ao seu máximo de 300 quilos mais rapidamente, e com um treinamento menos intenso, do que um novato que começou a treinar no mesmo tempo com um máximo de 200 quilos. Os pesquisadores ainda não têm certeza de por que isso acontece, mas alguns acreditam que o exercício pesado e prolongado provoca alterações epigenéticas, que o tornam mais eficiente em criar as proteínas que constroem músculos. Enquanto essas mudanças não são permanentes, um atleta ex-sedentária acabará por perder rapidamente os benefícios do seu antigo regime treino, ao passo que em um indivíduo bem treinado os efeitos do exercício intenso parecem durar por um longo tempo. Um atleta que usou drogas para melhorar a performance pode ter esta mudança prorrogada ou intensificada, mesmo porque ele foi capaz de treinar mais e por mais horas durante o tempo em que ele foi usuário de drogas dopantes. (Essa frase em negrito é o “x” da questão dopping para mim. O maior exemplo? Lance Armstrong, que lutou pela vida, ou seja tinha autorização médica para usar estes medicamentos e voltou a treinar ainda sob efeito destes. De ciclista medíocre a super-campeão depois de ter a pior doença que existe.)
A duração da suspensão de doping não tem nenhuma relação com quanto tempo os benefícios dos medicamentos são pensados ​​para durar. Ninguém pode calcular esse período com toda a certeza, e os benefícios indiretos podem durar por toda a carreira de um atleta. (“Ba-dum-tissss”).
 Suspensões de atletas do atletismo são normalmente baseadas em sentido um árbitro de justiça. A Agência Anti-Doping  dos Estados Unidos recomendou uma proibição de quatro anos para Gatlin, desqualificando-o apenas dos jogos de Pequim 2008, devido à sua cooperação na investigação de outros casos de doping no esporte.
No caso de Gatlin é incerto que ele tenha se beneficiado a longo prazo. Ele foi pego completando o ciclo de injeção de testosterona, que eventualmente impede o organismo de fabricar o hormônio naturalmente. Se ele deixou de tomar abruptamente os suplementos depois de ser pego, ele experimentou uma queda níveis de testosterona muito abaixo do normal, o que tornaria muito difícil participar de treinamentos durante vários meses, até que o corpo começasse a produzir o hormônio novamente. Os atletas também tendem a se sentir horríveis durante este ressaca testosterona. (Este último paragrafo o autor usou para não se comprometer, acusando indiretamente o atleta em questão. Se já estava suspenso, o que teria impedido Gatlin de terminar o ciclo da maneira correta, fazendo o uso das doses decrescentes de testosterona???)

Acredito que o passaporte biológico é a única saída atual para o dopping. Pois o atleta é acompanha por seus parâmetros corporais e não pelo exame de sangue pontual. Neste casos se o atleta se dopa, paga a suspensão e quer voltar a competir, os exames, acompanhados da comparação com o histórico, o impediriam em caso de anomalia, mesmo estando “limpo” naquele momento.

Ainda vamos ver muitos casos de atletas medianos que são suspensos quando jovens e se tornam mega campeões depois de velhos, contrariando a lógica do ápice corporal do ser humano. Questões éticas e sociais misturadas com a “pureza” do desempenho físico... Para onde vamos? 

segunda-feira, 26 de março de 2012

Gatorade: A Nike de beber.

Não sei se este assunto já foi tratado nos blogs sobre esporte aqui no Brasil, mas em um blog da África do Sul, o The Science of Sport este assunto virou série de posts e capitulo de livro. Não tenho a autoridade acadêmica que o Ross e o Tucker tem, pois são pós-graduados em ciência esportiva, mas acho que podemos observar alguns fatos e algumas pesquisas.

Uma das primeiras observações é de que a Gatorade não vende o que ela divulga. Nem ela e nem uma outra fabricante de "repositor" hidreletrolítico. Sim, as bebidas contém os sais minerais que compõe o suor MAS a concentração é de 0.4 g/litro enquanto nosso sangue apresenta 3.2 g/litro e o suor é de 1.1g/litro. Ou seja: É impossível repor os sais minerais perdidos durante o esporte com Gatorade. E com qualquer outra bebida, pois se tentarmos ingerir algo com a concentração de sais do sangue teremos uma bela indigestão.

"Mas espere aí! Eu tomo Gatorade e sinto a diferença! Rende melhor que tomar água e não "pesa" no estômago." - É verdade, mas repito: você não está comprando o que estão te vendendo. Por que funciona? Por que a baixa quantidade de sais aliados a CARBOIDRATOS simples é que fazem você se sentir renovado. Os sais em baixa concentração promovem uma hidratação mais rápida e os carboidratos te alimentam. NADA haver com reposição de sais.

E aí é que mora o PERIGO deste tipo de bebida, principalmente para que faz endurance. O consumo prolongado deste tipo de bebida faz com que você se re-hidrate mais rápido que você se desidrate, como a bebida apresenta baixo teor de sais você está se arriscando a ter hiponatremia, que é uma situação médica muito mais arriscada do que a desidratação. Os casos de hiponatremia triplicaram depois da invenção destas bebidas, e aqui segue um link de um estudo divulgado no The Telegraph, da Inglaterra.

A sugestão destes pesquisadores é: Utilizem os Gatorade´s em conjunto com água, tomando 2 x mais água do que o Gatorade. Isso fará seu corpo frear o excesso de líquidos. Se quiser repor sais, apenas por se sentir bem (poucas pesquisas apontam algum benefício nisto, e em poucas pessoas) coma algo salgado, como snacks. As capsulas de sais podem ser arriscadas, pois se você estiver desidratado o volume de sais destas podem ocasionar uma crise de hipertensão.

E beba mesmo em treinos. A máxima de que treinar sem beber é melhor pra deixar mais resistente é algo beeeem fora do racional. A final se na prova haverá água para beber, por que treinar sem?

Siga o seu corpo: Sentiu sede, beba. Sentiu fome, coma. Sentiu um cansaço fora do comum, pare. Não existe bebida mágica, bicicleta mágica, tênis mágico etc....

Ahhh, por que Gatorade é a Nike de beber? Por que eles têm um "instituto de pesquisas" para melhorar mais ainda a bebida... A mesma estratégia adotada pela Nike, que patrocina pesquisas de tênis. Por que? Por que o norte-americano médio tem conhecimento para saber quando falam uma bobagem "de leve" que deve ser desacreditada, mas também tem o "conhecimento" para saber que universidade e instituto de pesquisa é lugar "sério". Pronto, eles compram tudo que vem com isso no rótulo. Aqui a coisa caminha pro mesmo lado..... E ao contrário da Nike que faz você gastar dinheiro e ficar com os joelhos doendo, a Gatorade faz uma propaganda enganosa que pode matar por hiponatremia.

Abrax.

PS: A propósito: Os tarahumaras tomam um porre de algo parecido com cerveja e correm 300 km nos dias seguintes. A tribo africana que caça por persistência (perseguindo até cansar a presa) mal bebe água antes da caçada....

quarta-feira, 21 de março de 2012

Mais corrida minimalista... e marketing?

Acabou de sair no New York Times: http://well.blogs.nytimes.com/2012/03/21/making-the-case-for-running-shoes/

Leiam e tirem sua próprias conclusões.


O texto trata de um artigo recém publicado no Journal of Medicine & Science in Sports & Exercise. Ele mostra dados e, em resumo, diz que correr com um tênis super leve é mais eficiente do que correr descalço.

Até aí, tudo certo. Eu mesmo já tinha concluído isso... Mas os cientistas cometem um sútil erro que não pode ser cometido em uma pesquisa. Ele revela a marca e o modelo do tênis... por acaso Nike.

Para mim a pesquisa se enterrou aí. Primeiro pelo erro de divulgar uma marca em um ponto crucial do experimento, depois por que a Nike é velha conhecida "criadora de necessidades que não temos". O que ficou parecendo é que: Agora que todos querem correr sem tênis, vamos mostrar que isso não é o ideal, devemos usar tênis baixos para correr, e nós temos o melhor de todos. E você deve usar o Nike, que foi o tênis usado na pesquisa.

Manipulação de pesquisas científicas para distorção e promoção comercial é uma infeliz realidade no mundo.

Na minha pesquisa, só aceitaríamos patrocínio ou apoio (isso nunca acontece, tá?) de marcas que não estejam envolvidas no objeto de pesquisa. Por exemplo: Sou geólogo e preciso saber a idade das rochas de Bonito (MS), minha área de pós. Aceito o patrocínio da TAM e da Localiza para me prover passagem e carro para chegar lá, mas nunca o apoio ou patrocínio do BETA, laboratório onde as idades serão obtidas.

Fiz questão de fazer este post para que tenhamos cuidado com o que mostra ser a última palavra em um assunto, a pesquisa. Temos sim que levar em conta nossas experiências individuais para tirarmos conclusões, a final é desta forma que o conhecimento é construído, agregando e não apenas absorvendo.

Por isso, apesar de cientista, nunca vou trocar uma boa conversa com outro atleta ou um treino com alta concentração e observação por uma pesquisa. Meu ciclo se baseia em estudo, preparação teórica, treino e ajuste da teoria. Sempre.

Talvez se um dia alguém fizer uma pesquisa com triathletas que correm short, tenham 15% de gordura, treinem e trabalham, tenham asma, hipotiroidismo, eu aceite prontamente as conclusões. Estou a disposição para ser a cobaia!

Abrax.

PS: Em breve um texto polêmico que ainda não ví pelos blogs brasileiros: Repositor hidroeltrolítico serve para várias coisas, menos para repor sais na taxa que gastamos.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Qual o tipo de pisada?

Aproveitando o bom texto do Ciro, no Mundotri, requento este. De 2010, época que pouca gente lia o blog. 
Quem quiser um pacote com os artigos científicos citados, em pdf, é só me escrever: emil@sti.com.br 




Esta pergunta é clássica, e acredito que todos os corredores já ouviram. Mas esta pergunta estaria sendo feita com o real sentido? Contemplando realmente todos os tipos de pisada? Acredito que não. Tal pergunta se refere a variações da pisada com o calcanhar (heel strike), e as respostas são sempre: neutro, pronado ou supinado. Mas se você não pisa com o calcanhar enquanto corre estas respostas não se aplicam. Muito menos os tênis que estão tentando te vender junto com a resposta. Neste post vou abordar um assunto que vem ganhando força em discussões entre corredores e especialistas: O tipo de pisada. Tentarei ser o mais científico e imparcial possível, já que de antemão adianto que tal escolha é uma questão de gosto. 


Existe ainda um fato paralelo: usar ou não calçados para correr. Mas isso será assunto para outro post.

Quem já leu o livro “Nascidos para Correr” de Christopher McDougall deve, no mínimo, ter se perguntado sobre o fato de como os Tarahumara correm tanto sem calçados adequados. Bem, as respostas do autor são um tanto quanto tendenciosas e conspirativas, sendo totalmente a favor da corrida descalço e da pisada com a parte frontal do pé (forefoot strike).

Foto de uma das corridas relatadas no livro.

Por outro lado, ao observamos a evolução dos tempos nas corridas e consequentemente a demanda por tênis que aprimorem tais tempos, veremos o inverso: Mais amortecimento no calcanhar, número de corredores aumentando e tempos caindo. A grande maioria dos corredores pisa com o calcanhar, e este é um grande argumento para tal tipo de pisada.

Mas quem tem razão? O que a ciência diz a respeito? O que os corredores dizem a respeito?

Como sempre, razão é algo de cada um de nós, que só faz sentido quando encontramos mais pessoas com a mesma razão, e isto não acontece neste assunto. A razão é embasada no conhecimento que temos, portanto é muito variável.

Os corredores expressam as mais diversas opiniões sobre o assunto. Alguns mudaram a pisada e se sentem bem, outros nem sabiam que isso era possível, terceiros sempre correram pisando com a parte frontal. Apesar da experiência própria ser o controle maior do nosso corpo, vou ignorá-la no restante do post, pois a nossa mente atrapalha as respostas corporais de certa maneira. Isso por que podemos responder a esta questão baseados no tipo e marca de tênis que gostamos, tipo de corrida que fazemos, nível atlético que temos, e principalmente na razão. Sendo assim, nos sobra a ciência.

Sou geólogo, estudioso de evolução humana por 6 anos, mas antes disto sou cientista. O cerne da minha profissão é analisar dados, encontrar concordâncias e elaborar hipóteses. Como em tudo que o ser humano faz, podemos colocar nossa opinião nos resultados. Assim, procurarei seguir o mais importante conselho que meu orientador de pós-graduação me deu: “A ciência se faz por perguntas, não por respostas. Reflita, opine, mas deixa perguntas no ar para que o assunto não morra.” Em resumo, ninguém tem razão de nada.

Bem, após o devaneio do parágrafo anterior (aos poucos vou me apresentando), podemos retomar a discussão: O que a ciência diz a respeito? A ciência estuda o padrão de locomoção e o tipo de pisada do ser humano há muito tempo, e sempre esteve intrigada com o alto impacto que nossas articulações recebem a cada passo de damos (LIGHT et al., 1980; DICKINSON et al., 1985; JORGENSEN; EKSTRAND, 1988; JEFFERSON et al., 1990; DE CLERCQ et al., 1994). Ao observarmos estes estudos, podemos chegar a uma conclusão muito lógica: O homem é um mal corredor. Será? Estudos recentes, os mesmos que são apresentados no livro “Nascidos para Correr” mostram uma outra teoria, a de que o ser humano é um corredor de longa distância nato, e que, entre outros motivos, isto se deve ao fato de o humano nativo correria pisando com a parte frontal do pé (LUZI; PIZZINI, 2004; BRAMBLE; LIEBERMAN, 2004; ROLIAN et al., 2009; JUNGERS, 2010). 

Cientificamente, as duas linhas de pesquisa estão corretas. A primeira pelo fato de se basear no que os humanos fazem hoje, pisando com o calcanhar. E a segunda por encontrar indícios do que fazíamos no passado, pisando com a parte frontal do pé. O número de lesões entre os tipos de pisada é o mesmo, inclusive levando em conta o avanço dos tênis. Isto mesmo: NENHUM TÊNIS PREVINE LESÃO RELACIONADA A IMPACTO. Não utilizá-los pode acarretar lesões na sola do pé.

Então qual o argumento para minha colocação no início do post? Por que se formos imparciais, as duas atitudes estão corretas. Não dá para falar que pisar com o calcanhar é errado se milhões de corredores o fazem, com eficiência e com recordes mundiais (sim, a maioria dos corredores de elite pisa com o calcanhar, só que é difícil de ver!). E não dá para falar que é correto pisar com a parte frontal do pé por que o ser humano o fazia no passado. A pergunta está no ar, cabe a você respondê-la.

Argumentos pró-pisada com o calcanhar:

Atualmente, os calçados nos auxiliam na diluição do impacto (o impacto NUNCA diminui, já que calçando um tênis não perdemos massa), possibilitando cada vez mais conforto ao pisar com o calcanhar; A pisada com o calcanhar é uma aceleração direta do caminhar, tornando a prática da corrida algo mais simples para os iniciantes; Milhares de pessoas usam tal pisada, sem se machucar, há décadas; A pisada com a parte frontal do pé só é valida em terrenos naturais, com amortecimento, e não no asfalto/cimento das ruas e estradas.

Argumentos pró-pisada com a parte frontal do pé:

A evolução do corpo humano selecionou tal morfologia de pernas devido à pisada com a parte frontal do pé, uma vez que o amortecedor natural é o conjunto articulações do pé/ gastrocnêmio (panturrilha); A economia de energia desta pisada é muito maior, pois a diluição do impacto é maior, acarretando menor oscilação corporal; Não é necessário um super tênis, já que o amortecedor do calcanhar não será utilizado; O tempo de contato com o solo é menor, tornando a passada mais rápida; Corredores que mudaram para esta pisada, vindos da pisada com o calcanhar, relatam diminuição ou desaparecimento de dores articulares, principalmente no joelho.

Gráfico mostrando a distribuição da força do impacto em função do tempo, na pisada com calcanhar e na pisada com a parte frontal do pé (LIEBERMAN et al., 2010).



SE VOCÊ RESOLVER MODIFICAR SUA PISADA FAÇA ISSO GRADUALMENTE, POIS SUA MUSCULATURA NÃO ESTÁ HABITUADA AO NOVO POSICIONAMENTO E O RISCO DE LESÃO PODE SER GRANDE CASO A MUDANÇA NÃO SEJA GRADUAL. CONSULTE SEMPRE O SEU TREINADOR (PROFISSIONAL DE EDUCAÇÂO FÍSICA E/OU ESPORTE).

Para saber mais:

Abrax!

Referências:
BRAMBLE, D.; LIEBERMAN, D. Endurance running and the evolution of Homo. Nature, v.432, n.7015, p.345-352, 2004.

DE CLERCQ, D.; AERTS, P.; KUNNEN, M. The mechanical characteristics of the human heel pad during foot strike in running: an in vivo cineradiographic study. Journal of biomechanics, v.27, n.10, p.1213-1222, 1994.

DICKINSON, J.; COOK, S.; LEINHARDT, T. The measurement of shock waves following heel strike while running. Journal of biomechanics, v.18, n.6, p.415-422, 1985.

JEFFERSON, R.; COLLINS, J.; WHITTLE, M.; RADIN, E.; O'CONNOR, J. The role of the quadriceps in controlling impulsive forces around heel strike. ARCHIVE: Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers, Part H: Journal of Engineering in Medicine 1989-1996 (vols 203-210), v.204, n.18, p.21-28, 1990.

JORGENSEN, U.; EKSTRAND, J. Significance of heel pad confinement for the shock absorption at heel strike. International Journal of Sports Medicine, v.9, p.468-473, 1988.

JUNGERS, W. Biomechanics: Barefoot running strikes back. Nature, v.463, n.7280, p.433-434, 2010.

LIGHT, L.; MCLELLAN, G.; KLENERMAN, L. Skeletal transients on heel strike in normal walking with different footwear. Journal of biomechanics, v.13, n.6, p.477-480, 1980.

LUZI, L.; PIZZINI, G. Born to run: training our genes to cope with ecosystem changes in the twentieth century. Sport Sciences for Health, v.1, n.1, p.1-4, 2004.

ROLIAN, C.; LIEBERMAN, D.; HAMILL, J.; SCOTT, J.; WERBEL, W. Walking, running and the evolution of short toes in humans. J. Exp. Biol, v.212, p.713-721, 2009.


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Até quando?

Todo treino é tenso.

Ritmo, velocidade, batimentos, cadência e segurança.

Quando o treino é de ciclismo, a segurança é sempre o que mais preocupa. Os treino no Rio e em São Paulo são tensos sempre. Mesmo no Recreio ou na USP, sempre tem alguém correndo com o carro ou ônibus.

Fechada, falta de respeito, menosprezo, raiva... tudo que o motorista brasileiro sente. Quem está nos carros vê, percebe e fica bravo também, mas que está de bicicleta vive em uma corda-bamba.

A fechadinha corriqueira pra ganhar 1 carro de "vantagem" pode jogar o ciclista no chão... Até quando?

Até quando vão continuar achando que os carros, motos, ônibus e bicicletas andam sozinhos, sem que exista uma pessoa no controle?

E o pior... Quem lê este meu desabafo são apenas os que passam pela mesma situação que eu, e não os que causam estas situações.

Abrax.

PS: Eu sempre sonhei com um acostamento pra pedalar, uma via paralela sem carros. Aí, nesta semana, na SC401, mais um ciclista é morto em acostamento... O motorista bêbado continua vivo, e o atleta morre... Até quando? 

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

O carregador de tacos...

Começo de temporada. Esperamos ansiosos pelos calendários de provas de triathlon. Mas....

Internacional de Santos = R$335 (2 meses antes da prova)
Trófeu Brasil = R$255 (2 meses antes da prova)
Ironman = Mais de R$1000 (1 ano antes da prova)
Meio Ironman = US$450
Long Distance = R$450 (2 meses antes da prova)

Vou ser bem direto para que a reflexão seja de vocês, triathletas, os grandes interessados:

Ganância?
Discriminação?
Descaso com o esporte?

Como posso incentivar alguém a fazer triathlon se ao ver os preços das provas de referência a pessoa desiste? Poucos iniciantes vão atrás das provas acessíveis, pois estas não aparecem muito, e iniciante não sabe tudo do esporte...

O golfe é um dos esportes mais caros e discriminantes do mundo. Um dos melhores jogadores da história, se chama Tiger Woods e ele era um mero carregador de tacos...Quantos "Tiger Woods" do triathlon estão por aí, de Barra Forte, sem poder saber se gostam ou não do esporte?

Mais um ano começa, e VOCÊ VAI CONTINUAR FAZENDO PARTE DISTO? SUSTENTANDO ESTES EVENTOS DISCRIMINANTES?

Abrax.